No dia 2 de dezembro de 2007 ocorreu a Beatificação da irmã Lindava Justina de Oliveira, cerimônia realizada
Até hoje a única freira canonizada no país era a estrangeira, Madre Paulina, que viveu em terras brasileiras por 67 anos, era italina de nascimento. Irmã lindava nasceu em Assu no dia 20 de outubro de 1953, mas precisamente no sítio Malhada da Areia. Sexta filha dos 12 do segundo casamento do viúvo João Justo da Fé e Maria Lúcia da Fé, já na infância dava sinais de uma especial predestinação divina.
Cresceu normalmente, mas demonstrando muita sensibilidade com as questões dos pobres, sobretudo os idosos. Conta-se que ainda muito jovem surpreendeu a família doando as próprias rouypas aos necessitados. Concluiu o segundo grau com habilitação em assistência de administração, em Natal, ao mesmo tempo em que trabalhava para sobreviver e ajudar a família. Depois do falecimento do pai, em 1987, pediu para ser admitida como Filha da Caridade de São Vicente de Paulo. Em 1994, terminando o período de formação reservado ao seminário, Irmã Lindalva foi enviada em missão para o abrigo Dom Oedro II, em Salvador, onde recebeu o ofício de coordenar uma sala das aulas masculina com 40 idosos.
A missionária assuense foi esfaqueada 44 vezes em 09 de abril de 1993, pelo interno do abrigo Alberto da Silva Peixoto que lá trabalhava e que queria namora-la. Irmã Lindalva foi assassinada às 7 horas da manhã de uma Sexta-Santa depois de participar de uma via-sacra.
Nesse caso, a resistência ao assédio também representava a defesa do voto de castidade. Um dia após sua morte, a freira foi enterrada num cemitério comum, dois anos depois foi transferida para o Convento do Salete, nos Barris. Desde 2001, sua urna funenária está instalada na Capela de Santa Isabel do Abrigo Dom Pedro II.
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